Na mesma semana, dei por mim a dizer a duas mães que acompanho: «o importante não é “não errar”, o importante é errar cada vez melhor».
Ser um pai ou uma mãe consciente, não é ser um pai ou uma mãe perfeitos. Ter um Divórcio Consciente, não é fazer tudo certo, não é ter um comportamento irrepreensível.
Errar melhor é fazer erros novos: não para diversificar as falhas e fazer uma produção criativa de disparates de que nos arrependemos, mas sim errar porque estamos a querer fazer diferente do que temos feito, porque resolvemos aceitar um novo desafio ou questionar os preceitos instituídos; porque resolvemos criar a nossa vida em vez de reproduzir a vida que esperam de nós.
Errar melhor é aceitar o erro cometido e assumir a responsabilidade. É percebe-lo mais depressa; é tentar corrigi-lo rapidamente e com menos danos possíveis. É reparar a dor causada. É perdoarmo-nos e pedir desculpa a quem a devemos. Errar melhor é errar com compaixão por nós próprios e com tolerância à reacção dos outros.
Errar melhor é comprometermo-nos, perante o erro, a não o repetir.
Errar melhor é não ter medo de o fazer; é arriscar errar para poder mudar.
Errar melhor é deixar de acreditar que é possível não o fazer.
O medo de errar paralisa.
O medo de assumir o erro humilha ou culpabiliza.
O medo de (se quer) olhar para o erro que cometemos, torna-nos arrogantes.
O antídoto para estes medos?
Assume que és irremediavelmente humano.
Aceita que correr o risco de cometer erros é a única forma de aprender.
Escolhe errar cada vez melhor.
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